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LEGISLAÇÕES

sábado, 29 de março de 2014

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BRAÇO DA MÁFIA CALABRESA QUE ATUAVA NO PORTO DE SANTOS É DESMANTELADA





A Polícia Federal deflagrou na manhã do dia 20 de março a operação “Monte Pollino”, com a finalidade de desarticular organização criminosa especializada no envio de cocaína sul-americana para a Europa. A droga era embarcada em navios de carga no Brasil e era enviada para diversos portos europeus.

Além de Brasil e Itália, foram cumpridos simultaneamente mandados de prisão e de busca na Espanha, em Portugal, no Reino Unido, na Holanda, na Sérvia, em Montenegro e no Peru, com apoio da Interpol e dos adidos da PF na Inglaterra, na Itália e na Espanha – policiais destacados para realizarem suas atividades no exterior. Cerca de 70 policiais federais participam da ação no Brasil. 12 pessoas foram presas, sendo 10 no Brasil, uma na Espanha e uma na Itália. Oito acusados ainda estão foragidos no Brasil e no exterior.

Além dos presos nesta data, outras seis pessoas foram presas em flagrante, desde o início da investigação brasileira. Foram apreendidas 1,3 toneladas de cocaína e 760 mil dólares. A 2ª Vara da Justiça Federal de Santos/SP, a pedido da PF, determinou o sequestro de imóveis e veículos pertencentes à organização criminosa no valor de R$ 3 milhões.

A investigação iniciou-se em fevereiro de 2013, quando a Polícia Federal recebeu um pedido de cooperação jurídica internacional, vindo da Itália, narrando a existência do esquema criminoso. Apurou-se que uma organização criminosa brasileira adquiria a droga no Peru e na Bolívia e a trazia para o Brasil. Daqui, ela era embarcada em navios de carga, tendo como destino diversos portos europeus.

O grupo, composto por cidadãos brasileiros, chilenos, bolivianos e europeus, estava baseado na cidade de Santos/SP e executava todas as tarefas necessárias para a exportação da droga: desde sua aquisição, recepção no Brasil, acondicionamento e embarque em navios com destino à Europa, partindo principalmente do Porto de Santos/SP.

A droga tem como destino principal a Itália, e os compradores pertencentes à Máfia ‘Ndrangheta, atuante na região da Calábria. A investigação italiana foi batizada de Operação Bongustaio e investigava os compradores da droga. Ela foi deflagrada simultaneamente com a investigação brasileira, havendo pessoas investigadas simultaneamente nos dois países.

Os investigados serão indiciados e responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico e financiamento da prática do tráfico transnacional, cujas penas variam de 3 a 30 anos de reclusão.

A cooperação entre as polícias brasileira e italiana possibilitou desarticular a principal rota do narcotráfico internacional, que tinha como base o Porto de Santos. Doze pessoas acusadas de integrar a organização criminosa foram presas no Brasil, na Espanha e na Itália, sendo quatro deles somente na Baixada Santista.

O grupo tinha ligação com ‘Ndrangheta, máfia calabresa, na região sul da Itália, apontada como a mais poderosa atualmente no mundo pelo seu elevado faturamento e por estar infiltrada em diversos países. Além do tráfico, explorava nesses países negócios revestidos de aparente legalidade para possibilitar a lavagem de dinheiro.

Cooperação 



As investigações tiveram início na Itália em 2010, recebendo o nome naquele país de “Operação Bongustaio”. Em fevereiro de 2013, as autoridades italianas solicitaram pedido de cooperação à Polícia Federal brasileira, que deflagrou em território nacional a “Operação Monte Pollino” para dar sequência as apurações.

Segundo o delegado Osvaldo Scalezi Júnior, a máfia importava cocaína com elevadíssimo teor de pureza do Peru e Colômbia. Por via terrestre, a droga saía desses países produtores e era armazenada na região de Campinas.

Com a definição do navio no qual o entorpecente seria embarcado em Santos, ele era acondicionado em malas e mochilas de viagem. Estas, por sua vez, eram ocultadas entres os mais variados tipos de carga em contêineres. O destino da cocaína era diversos portos europeus, mas dois deles merecem destaque.

Um desses portos é o italiano de Gioia Taura, na região da Calábria. Por ficar mais perto da base da ‘Ndrangheta, ele recebeu o maior número de remessas de cocaína despachadas por Santos. O outro é o português de Leixões, no qual houve a maior apreensão da droga (313 quilos), em 15 de outubro de 2012.

Porém, por questões logísticas, portos da Espanha, Alemanha e Bélgica também fizeram parte das rotas da máfia calabresa, que depois se incumbia de realizar a distribuição do entorpecente no território europeu.

O delegado Scalezi estimou que a organização criminosa recebia do Brasil de 100 a 150 quilos de cocaína por semana.

Esquema teve 1,3 toneladas de cocaína apreendida



A organização criminosa teve interceptada 1,3 toneladas de cocaína desde o início das investigações realizadas pelas polícias italiana e brasileira, com a colaboração das autoridades de outros países da Europa. No mercado europeu, essa quantidade de droga apreendida poderia atingir a cifra de 10 milhões de euros (R$ 32 milhões).

Chileno liderava braço da máfia no Brasil



Um chileno era a principal peça do braço brasileiro da máfia calabresa ‘Nadrngheta, com tentáculos espalhados por boa parte do mundo morava na Rua Botafogo, no Bairro Guilhermina, em Praia Grande. O chileno Tomasin Rivera Milan Rayco, de 51 anos, foi preso em sua casa por agentes da Polícia Federal

Entre os outros três presos da região, dois trabalham em empresas da área portuária. “eles foram corrompidos pela organização criminosa para identificar os navios e contêineres com destino aos portos participantes do esquema na Europa, nos quais a máfia tinha facilidade para retirar o entorpecente”, informou Osvaldo Scalezi Júnior.

As demais capturas realizadas no Brasil ocorreram na região de Campinas. Sobre a prisão efetuada na Espanha, o delegado da PF revelou que ela envolve uma mulher brasileira, “braço financeiro da organização responsável pela remessa de dólares ao Brasil para pagar a cocaína comprada”.

Em contrapartida, uma brasileira, Maria de Fátima Stocker, de 42 anos, radicada na Europa se destacava na engrenagem da organização criminosa nas estratégicas relações com parceiros da América do Sul.

Essa acusada residia na Inglaterra e, recentemente, mudou-se para a Espanha. Para enviar os dólares ao Brasil, ela se valia de passageiros de aviões, que se passavam por turistas e transportavam o dinheiro em suas bagagens de mão. Durante as investigações, a PF apreendeu 760 mil dólares com essas mulas em aeroportos.

Em território brasileiro, outros braços financeiros da organização se incumbiam de receber o dinheiro das mulas e efetuar os pagamentos em praças de alimentação de shoppings e em supermercados de São Paulo. Locais movimentados eram escolhidos para evitar ao máximo chamar a atenção.




A “Operação Monte Pollino” também resultou no sequestro de dois imóveis, na apresentação de dez veículos, sendo quatro de luxo, e no bloqueio de contas bancárias de integrantes da organização criminosa no Brasil, totalizando cerca de R$ 3 milhões. Essas medidas foram determinadas pela 2ª Vara da Justiça Federal em Santos.

Tráfico não enxerga fronteiras   
                              

“O tráfico de drogas não enxerga fronteiras, não enxerga limites. Por isso a polícia tem que se esforçar para agir de forma cooperativa internacionalmente”. A análise é do delegado Cézar Luiz de Souza, responsável pela Coordenação Nacional de Repressão às Drogas, com sede em Brasília.

Souza esteve na superintendência da PF em São Paulo acompanhando o balanço dos mandados de prisão cumpridos simultaneamente no Brasil, Itália, espanha, Portugal, Reino Unido, Holanda, Sérvia, Montenegro e Peru.

Oito acusados permanecem foragidos no Brasil e no Exterior. “esse contexto de países produtores e de país que é somente de trânsito reforça ainda mais a necessidade de cooperação internacional. Não adianta ações específicas ou particulares em países como o Paraguaio, Peru, Bolívia ou Colômbia, se o Brasil e a Europa também não participarem”, finalizou Souza.

O cabeça

O chefe da organização dedicada ao tráfico de drogas é Pasquale Bifulco, Natile Careri, aldeia no sopé do Aspromonte em Locri que junto com seu braço direito para Vito Zinghini e montenegrino Vladan Radoman financiou e organizou a importação de drogas em larga escala.

 A lista dos presos

1) BifulcoI Pasquale, de 41 anos, nascido em 31/03/1973, em Careri (Reggio Calabria), residente em Via Monte Grappa, 30, (facção Natile Novo);

2) John Cacciola, 34 anos, nascido em 08.03.1980, em Scorriton (Catânia) residente em via Vassalli Eandi Antonio Abate, 28, 10138 Turim;

3) Ocaris Raul Hector Cruzado, 53 anos, nascido em 26/08/1961, no Peru;

4) Bruno Crulli, 27 anos, nascido em 09.07.1987, em Locri, residente na Via Giuseppe Garibaldi 21 em Careri (Região da Calabria) (facção Natile Novo) 89030;

5) David William Daniels, 33 anos, nascido em 15/07/1981, em Liverpool (Inglaterra);

6) Miguel Baptista Ferreira, 26 anos, nascido em 11 .09.1988, em Santa Cruz (Portugal);

7) Michael Gibbs, de 45 anos, nascido em 1969/11/09, em Crayford (Inglaterra);

8) Francisco Jurado Mancera, 46 anos, nascido 05/06/1968, em Málaga (Espanha);

9) Guillermo Olivares Carlos Montes, 39 anos, nascido 01/02/1975, em Lima (Peru);

10) Nardella Fabrizio Mateus, 38 anos, nascido em 13/02/1976, em Turim (Itália);

11) Michael Johnson, de 48 anos, nascido em 04/11/1966, em Plumstead (Grã-Bretanha);

12) Antonio Pipicella, 25 anos, nascido 18/09/1989, nascido em Soriano Calabro, residente em Via Genova, 12 Careri (Região da Calabria) (facção Natile Novo);

13) Radoman Vladan, 32 anos, nascido em 24/10/1924, em Cetinje (Montenegro);

14) Pamela Rodrigues dos Santos, 29 anos, nascida em 11/06/1985, em São Paulo (BRASIL) 11 .06.1985;

15) Frank Scully, 59 anos nascido 25/03/1925, na Irlanda em 1955/03/25;

16) M. W. S., de 35 anos, nascido em 10/08/1979, em São Paulo (BRASIL);

17) Maria de Fátima Stocker, 42 anos, nascida em 10/10/1972, no Brasil em 1972/10/10;

18) Tomasin Milan Rayco Rivera, de 51 anos nascido no Chile em 14/12/1963;, nascido no Chile; preso em Praia Grande – SP.

19) Mario Vucinic, 33 anos, nascido em 30/06/1981, em Montenegro;

20) Wagner Pereira Dutra, 38 anos, nascido em 13/09/1976, em São Paulo (BRASIL);

21) Peter Zinghini, 30 anos, nascido em 19.10.1984 em Siderno, residente na Via Villafranca Piemonte, Torino 2;

22) Vito Francesco Zinghini, 31 anos, nascido em 18/05/1983, em Siderno, residente em Via Tommaso Campanella, 8 Careri (Região da Calabria) (Facção Natile Novo);

23) Savo Korac, 30 anos, nascido 28/08/1984, em Montenegro;

24) Salvatore Antonio Tavarnesi, de 58 anos, nascido em Natile Careri.


A Dama de Branco



Uma semana antes, Federica Gagliardi, a dama de branco, foi presa no aeroporto de Roma com 24 quilos de cocaína na bagagem, sem disfarce algum.

Mas não foi por isso que ela ficou famosa como “a dama de branco”.

A fama vem da roupa que ela usava ao acompanhar o ex-eterno-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi em sua viagem ao Canadá, Panamá e Brasil em junho de 2010.



Fonte: Jornal A Tribuna / TV Tribuna / Ilquotidianodellacalabria / Diário do Centro do Mundo / blog donotpanichereiam

Edição: Segurança Portuária Em Foco







sexta-feira, 28 de março de 2014

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POLÍCIA FEDERAL APREENDE 130 QUILOS DE COCAÍNA NO PORTO DE SANTOS




A Polícia Federal apreendeu na segunda-feira (24) , 136,51 kg de cocaína, distribuídos em 125 tabletes, acondicionados em sacos plásticos. Eles estavam escondidos no interior de um contêiner contendo açúcar, que seria embarcado para Las Palmas (Espanha) com destino final a Gâmbia (África).

Durante fiscalização de rotina no terminal Santos-Brasil, um servidor da Receita Federal encontrou um contêiner com lacre rompido e após verificar o seu interior (inclusive com cães farejadores), acionou a Polícia Federal, que identificou o conteúdo ilícito da carga.

Ninguém foi preso durante a apreensão. Um inquérito policial foi instaurado para apurar o destino e a origem da droga.

Fonte: Polícia Federal






quinta-feira, 27 de março de 2014

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OPERAÇÃO PORTO SEGURO VISTORIA CARGAS PERIGOSAS NO PORTO DE SANTOS


Equipes do Exército vieram a Santos para inspecionar as instalações de terminais do Porto de Santos


O Exército Brasileiro está realizando em todo país a operação Porto Seguro. O objetivo da ação é fiscalizar cargas especiais e perigosas, como pólvora e materiais radioativos, que entram pelo cais e que podem trazer riscos para a comunidade. A preocupação em Santos, no litoral de São Paulo, é que o porto fica próximo a bairros residenciais.

O exército está avaliando desde as instalações dos terminais, até os documentos das empresas. Outras instituições e agências foram convidadas a participar ou acompanhar os trabalhos.

Na manhã de quarta-feira (26) generais do Exército de todo o país se reuniram na sede da Codesp para traçar um perfil das operações portuárias. A operação segue até a próxima sexta- feira (28).

TERMINAIS NOTIFICADOS

Ao menos 17 terminais do Porto de Santos foram notificados pelo Exército Brasileiro, por não estarem regularizados para a movimentação de mercadorias consideradas perigosas. Mas o número pode aumentar, uma vez que a Força Armada realiza, até o final da semana, a Operação Porto Seguro, que visa identificar e coibir esses problemas.

Até sexta-feira, ao todo, 60 terminais portuários e retroportuários deverão ser visitadas por oficiais do Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados do Exército, responsáveis pela operação. São 37 militares, divididos em oito equipes e 10 veículos (entre automóveis e embarcações). Eles têm o apoio da Marinha (através da Capitania dos Portos de São Paulo), da Aeronáutica (Brigada de Artilharia Antiaérea de Guarujá) e das polícias Federal, Civil e Militar, além da Receita Federal.

No primeiro balanço da Operação Porto Seguro, divulgado na última, durante encontro com o presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Renato Barco, além de oficiais do Exército, pelo menos 21 instalações já tinha sido visitadas. Destas, 17 apresentaram irregularidades (e foram notificadas). E desse subtotal, nove já estão em processo de regularização. Apenas quatro estavam com a documentação atualizada e foram consideradas aptas a receber as mercadorias restritas.

SEGURANÇA

General de divisão João Camilo Pires de Campos (centro) e Renato Barco, presidente da Codesp


“O objetivo é aumentar a segurança portuária. A operação é técnica e desencadeada pela primeira vez no Porto de Santos”, explicou o comandante da 2ª Região Militar do Exército (São Paulo), general de divisão João Camilo Pires de Campos, que coordena a Operação Porto Seguro. Segundo ele, é de responsabilidade do Exército fiscalizar e controlar a movimentação de 385 produtos explosivos (inclusive adubos e seus insumos, utilizados na sua fabricação).

Ainda de acordo com o general de divisão, uma das intenções da operação é fazer com que os terminais atualizem sua documentação sempre que houver alguma alteração no cais e arredores. “Na Ponta da Praia de Santos, por exemplo, um prédio residencial novo, erguido próximo a uma instalação visitada, não constava na documentação”, explicou.

Modificações estruturais – sejam elas dentro do Porto ou próximo a ele – influenciam diretamente na avaliação do Exército para autorizar a movimentação de explosivos. O comandante lembra que muitos terminais, que tiveram a área alterada por causa da construção das avenidas perimetrais (em Santos e Guarujá), ainda não atualizaram sua documentação e vão precisar se adequar nos próximos meses.

GRANDES EVENTOS

A operação do Exército Brasileiro também tem como objetivo adequar às normas de segurança os terminais que trabalham com produtos perigosos até a chegada da Copa do Mundo. “A nossa fiscalização acontece desde 1937 e é rotineira. Desta vez, intensificamos esforços para identificar os terminais irregulares”, lembrou o general.

Na última semana de fevereiro, a Marinha do Brasil, em parceira com as demais forças armadas e outras autoridades, realizou uma ação preparatória para a chegada da Copa do Mundo e das Olimpíadas ao País. A operação durou uma semana.


Fonte: G1 / Jornal A Tribuna